quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Donde está el Paraguay?


Calle Palma, domingo a tarde


Un Omnibus colorido de Asu

De que és hecho el Paraguay, si no de sueños? Sueños tecidos en ñanduti, mandalas que organizan el caos interior de este país. Hasta ahora, Paraguay tiene se presentado a mi como un país hermoso, simpático, simples y belíssimo, como un sueño colorido y lleno de sonrisas. Com derecho a todas las tán latinoamericanas contradicciones: el Palazio del Lopez, sed del gobierno de la República, un palázio suntuoso que ostenta al más alto la bandera paraguaya, orgullosamente exibe a sus piés la Favela Chacarita, donde viven en situación de insalubridad y pobreza miles de paraguayos - que explicitamente exponen la pobreza, la injusticia y las divisiones sociales que no son exclusividad paraguaya.


O Palácio de Lopez, sede do Governo Federal


La Chacarita



Niños de la Chacarita

A mi siempre me encantó la idea de este país, una invención ubicada entre grandes rios, sin dudas un país y un pueblo mesopotámicos, que por su situación bilíngue estan a mi mirar siempre divididos entre los extremos. Ambiguidad? Bueno, y Brasil, no será tán contradictório cuanto su hermano menor?


La Bandera Paraguaya y el Panteón de los Heroes

Sobre Asunción, todo lo que me pareze la "Madre de Las Ciudades" és que la capital de los paraguayos está como una ciudad que preserva sus características arquitetónicas antíguas, y que por si misma habla sin palabras. Como dicen los chinos, imágenes son mejores que palabras - de este modo, lamirada sobre Asu dice más que todo lo que yo pudera decir - tratase de una ciudad que se recusa a aderir a las leyes de todas las metrópoles latinas y mundiales: por acá, no hay grandes edifícios, pero hay muchos espazios, rectitud (que tal vez sea la expresión arquitetónica de la rectitud de caráter del pueblo paraguayo), perfecta, ordenada, con las partes y barrios bien definidos - algo tán distinto de las viejas ciudades coloniales brasileiras, siempre tán confusas in su beleza anárquica. ?Será eso una perfecta distinción de la manera de mirar el mundo que siempre distinguió los países ibéricos, que nos colonizaran?


Preparando o tereré


Con las manos tán paraguayas


Y las hierbas no menos paraguayas


Tereré en la Plaza Uruguaya, para aplacar el calor de Asunción

No sé, pero entiendo que mi amor por Asu, Paraguay y por su pueblo, desde cuando yo tenía 12 años y por la primera vez recuerdo del Paraguay, ahora se hace auténtico, verdadero, único y tratase de un amor rebelde, que quiere decir con coraje, a plenos pulmones, que, si, señoras y señores, PARAGUAY EXISTE, NO ÉS UNA FICCIÓN!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Asunción, finalmente

(Postagem com acentuaçao dúbia, devido ao fato do teclado ser em español)

Chegar aqui ñao foi tao difícil: cheguei em cima da hora pra pegar o Pluma, em Ponta Grossa. Horas e horas depois, paramos em Foz, naquilo que a empresa chama de "Sala VIP", mas que ñao tinha sequer um cafezinho... E aí, tivemos que trocar de ônibus. Tudo bem, o que importava mesmo era atravessar a fronteira. Eu o fiz, antes porém, declarei minha bagagem (uma câmera cyber shot 7.2 megapixels, um celular mais os acessórios), fiz um câmbio básico (1 real por 2100 guaranis), atravessei a ponte, desci novamente do ônibus para carimbar meu "permiso" de estadia no país e lá fomos nós. Ao meu lado, no segundo ônibus, uma garota paraguaya, Liz, que estuda na UEPG.
Paramos em Coronel Oviedo para almuerzar, o motorista disse "Meia hora". OK. Deu pra comer alguma coisinha e beber uma cerveja Budweiser por increìbles 4 mil guaranis, o poco más que 3 reais...
Tudo estava bem, exceto pelo fato de que, enquanto eu pagava a conta, o ônibus saiu e me deixou... Minha mochila com roupas estava lá (ainda bem que eu trouxe comigo, na mochila pequena, todo o dinheiro, a câmera, o celular, a agenda, o diário e o livro do Augusto Roa Bastos). Mas nem deu tempo de xingar o motorista, logo parou outro ônibus da Pluma. Falei com o outro motora sobre minha situaçao e ele disse: "Ah, o Menezes, apressadinho. Sempre alguém fica pra trás com ele. Tudo bem, você vai comigo. Só que vai ter que esperar meu almoço". Por mim tudo bem, desde que eu chegasse em Asu (a previsáo de chegada era 11 e meia da manhá, mas isso tudo aconteceu às 14h, e ainda faltavam 140 km). O melhor desta troca foi que o outro ônibus era leito, e ainda por cima, só havia quatro passageiros. Ou seja, aquilo que náo foi VIP em Foz, passaria a ser no Paraguay. HEHEHEHE.
A viagem me impressionou bastante, a paisagem do país, de um lado da ruta pastagens, com catus e bois, que muito me lembraram do Sertao, do outro, florestas imensas. E no meio, cidadezinhas, lugarejos, pontos de parada, gente simples e sorridente. Tudo nos conformes. Até a parada inesperada para que uma vendedora me oferecesse uma deliciosa chipa por 1000 gs. Linda a maneira cantada que ela entrou no ônibus e anunciou "Chiii-pá". O gosto da chipa, com semillas de funcho, o sorriso da vendedora e sua voz melodiosa, aaaah, o Paraguay que eu sempre procurei.
Cheguei na rodoviária e minha mochila já estava me esperando.
Conferi se estava tudo ok, e estava, e aí procurei um táxi que me trouxe até o Hotel Plaza, ao lado del Museo del Ferrocarril, donde yo me instalé confortavelmente num quarto com banheira e aire condicionado (faz um calor da porra em Asu! Hoje, de dia, a temperatura oscilou entre 35 e 39 graus!!!) e daí, me fui para o Museu do Barro. Museu etnográfico, de arte indígena, campesina y urbana del Paraguay, chefiado pelo artista plástico Carlos Colombino. O acervo de arte sacra e indígena é realmente impressionante.
Advertência aos brasileiros que nutrem preconceitos sobre o Paraguay: DEFINITIVAMENTE, O PARAGUAY É MAIS DO QUE O SENSO COMUM AFIRMA, venham logo conhecer Nuestra Señora de Asunción, la ciudad fundada por Don Álvar Nuñez Cabeza de Vaca y el restante deste país hermoso.
Mañana tem más, filhinhas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Paraguay, primeiros contatos

Há muito tempo eu planejava conhecer o Paraguay e Asunción. Por inúmeros motivos, a viagem foi adiada diversas vezes, mas eu nunca duvidei de que, mais cedo ou mais tarde, acabaria por ir ao Paraguay.
Observo as reações de espanto das pessoas, quando digo que vou passar o carnaval no país vizinho:
- Vai fazer compras?
- Não, vou conhecer o país.
- Mas afinal, o que que tem no Paraguay?
E aí, após uma breve explicação de minha parte, sem diminuir o espanto, invariavelmente meu interlocutor responde:
- Eu não sei o que você vê no Paraguay. Pra mim aquilo é Ciudad del Este e nada mais.
Em geral, apesar de o Mercosul estar prestes a comemorar 18 anos de fundação, e mesmo que viagens para países como Uruguay, Argentina, Chile e até mesmo Peru tenham se tornado cada vez mais comuns, a maioria dos viajantes, mesmo os que apreciam um roteiro alternativo, e partem em busca de referências históricas e culturais, ou mesmo ecológicas e antropológicas, despreza o Paraguay. Esta viagem foi motivada, em parte, por uma busca em descobrir os porquês deste isolamento (ou suposto isolamento), e também saber o que os paraguaios pensam sobre isso.
Historicamente, o Paraguay sempre se viu isolado: primeiro, sob governo de José Rodriguez Gaspar de Francia - filho de pai paulista, mas nascido em Yaguarón no ano de 1766, mestre em teologia, doutor em filosofia, um dos fundadores da República do Paraguay em 1811 e, finalmente, ditador supremo do país até sua morte, em 1840.
Depois, vieram Carlos Lopez, que governou o país por 22 anos, e o Marechal Franscisco Solano Lopez, que liderou o país durante a Guerra da Tríplice Aliança, ou Guerra Grande - para nós, conhecida como Guerra do Paraguai.
O isolamento que se seguiu a guerra era reflexo da sucessão de golpes e contragolpes militares. Essa política confusa culminaria em outras duas ditaduras, a de Higínio Morínigo, por sete anos, e a de Alfredo Stroessner, que entre 1955 e 1989, chefiou um dos regimes mais cruéis e sanguinários da história contemporânea.
Em toda a história republicana do Paraguay, somente uma vez um presidente eleito passou a faixa com tranquilidade a outro presidente também eleito dentro das regras democráticas. E foi há menos de um ano, quando Nicanor Duarte Frutos entregou o poder a Fernando Lugo.
Será que encontrarei este "outro Paraguay"? Será possível romper o esquecimento e indiferença, de nossa parte, ao país que está tão profundamente ligado ao que nós somos? Será que o blog poderá servir para disseminar uma idéia do Paraguay despida dos clichês e preconceitos tão comuns, entre nós, brasileiros? Ou será apenas mais uma utopia paraguaya, como aquela dos jesuítas e de Francia, que sonharam com um país em que as culturas guarani e ocidental se congregassem harmonicamente?
Veremos o que serão quatro dias pelas calles, sítios y ubicaciones de Asunción.


Meus primeiros 20 mil guaranis, equivalentes a 8 reais e 90 centavos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Caldo de Cana no Paraguay


Finalmente, visitarei o país guarani.
Durante o Carnaval, enquanto o resto do Brasil vai à praia ou aos grandes centros pra curtir axé e samba, eu vou conhecer Asunción. Obviamente, procurarei postar algo de lá para que o espírito do Caldo de Cana esteja sempre aberto às novas aventuras - e quizás, pueda inspirar otros locos como yo a hacer el camino de descobrir nuestra Latino América.
Então, fiquem ligados, que nós vamos comer chipa, beber tereré e dançar guarânias.
Paraguay: el corazón de América del Sur, aqui me voy.