sexta-feira, 23 de julho de 2010

Recuerdos del Paraguay - parte 1

Texto escrito em 3 de março de 2010, devidamente surrupiado do meu canal do youtube. O vídeo na sequência, também:


Uma cena peculiar da bela Asunción, capital do Paraguay, onde tive grande prazer em conhecer e fazer amigos entre o alegre povo paraguayo.
Os ônibus urbanos são multicoloridos e é muito interessante observar as pessoas vendendo todo tipo de coisas entre uma parada e outra.
As pessoas entram e saem dos ônibus vendendo chipas, coca-colas, água, frutas e também oferecem música típica, cantada em guarani, o idioma nacional.
Vi muitos niños neste trabalho, e pessoas mais velhas, também.
O Paraguay, para além da imagem estúpida que muitos brasileiros tem do país, é um lugar charmoso, muito bonito, cheio de cores. O que me deixou bastante surpreso foi a alegria das pessoas nas ruas, gente que tem que trabalhar duro pra viver, mas sempre o faz com um sorriso no rosto.
Fiz este vídeo em fevereiro de 2009.
Espero que isso ajude a divulger uma ideia mais positive do país sul-americano, e também talvez fazer com que os brasileiros acreditem que vale a pena ir além do centro comercial de Cidade de Leste, para descobrir um país que tem muito a oferecer em rotas turísticas e culturais e hospitalidade.
Em breve, publicarei um video que fiz no Museo del Barro, sem dúvidas, um dos mais interessantes museus que eu já conheci.


A peculiar scene of the beautiful city of Asuncion, capital of Paraguay, where I had the great honour to meet and make good friends among the happy Paraguayan people.
The urban buses are multicolored and it's very interesting to see people selling all kinds of things along the stop stations.
People get on and get off the bus selling "chipas", coca-colas, water, fruits and also usually play folk paraguayan music to the passengers, singing in guarani language.
I saw many kids doing that work, and old people too. Paraguay, besides the stupid image that most Brazilians have of the country, is a charming place, very beautiful, full of colours. What made me very surprised was the joy of the people on the streets, people that have to work hard to live, but always do it with a smile on their faces.
I made this vídeo in February 2009.
I hope that it helps to expose a more positive idea about the South-American country, and maybe it will make Brazilians think that is worthwhile to go beyond the commercial center of the border Ciudad del Este, and discover a country that has a lot to offer about touristic and cultural routes, and hospitality.
Soon, I will publish a video which I made in Museu del Barro, definitely one of the most interesting museums that I've ever visited.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

My world is empty


Photo by Kristofer Buckle, disponível no site www.diamandagalas.com

Fiz uma das grandes descobertas da minha vida musical: Diamanda Galás.
A cantora/ compositora/ pianista de origem grega, nascida nos Estados Unidos, passou a ser para mim uma das mais importantes referências. Quando descubro algo como Diamanda Galás, percebo o quanto o fato de ser fruto de uma cidade do interior do Paraná pode ser nocivo para o desenvolvimento e expansão da alma e dos pensamentos de uma pessoa sensível. Ao mesmo tempo é paradoxal que eu tenha ouvido falar dela pela primeira vez aqui: estou em Ponta Grossa, para onde vim passar uns dias com o objetivo de ficar com a família - diga-se de passagem, a única real e sincera razão para eu estar aqui neste momento - e, obviamente, tudo aqui me afetou profundamente, como não poderia deixar de ser.
Não se trata de rancor, mas de constatação: é muito provável que PG seja insignificante o suficiente para não ser mais nem menos do que qualquer cidadezinha interiorana, com suas bizarrices, sua superficialidade, seu tédio, sua dificuldade em mudar - quer dizer, em avançar, já que a cidade sempre muda, e a meu ver, quase sempre para pior -, mas o problema é que eu nasci aqui e aqui passei a maior parte de minha vida, minhas experiências, minha educação formal e sentimental. Portanto, não consigo jamais ser objetivo nem mesmo razoável ao analisar a cidade e sua cultura.
Obviamente, uma análise assim é uma forma disfarçada de fazer uma auto-análise, do que eu sinto e do que eu me ressinto. Mesmo eu sendo um "pária" (como diz um amigo meu sobre aqueles que como nós não herdaram nenhuma fortuna, nem terras, sempre viveram na periferia ou na margem, e que por pura insistência, talvez até mesmo uma ponta de ousadia e arrogância, conseguiram fugir ao estigma que se nos esperava), ainda me sobrou uma certa iluminação para diferenciar aquilo que não me interessa daquilo que me faz bem.
Estarei certo ou errado? Já não sou mais tão jovencito, e é óbvio que muitas coisas me deixam inquieto, mas de uma coisa eu tenho certeza: não me arrependo por ter sido a vida toda um outsider - ainda que há uns dez ou quinze anos, isso fizesse um sentido muito diferente do que faz agora, já que naquele tempo, ser outsider era mais uma defesa instintiva e uma tentativa de se integrar ou de se afirmar. Hoje, isso passa a ser uma característica inerente e consciente (até certo ponto) daquilo que sou e que pretendo vir a ser.
Diamanda Galás foi descoberta por mim apenas agora, e foi numa noite fria, tediosa e deprimente em minha cidade natal (isso me faz lembrar de uma música de Lou Reed e John Cale, feita para Andy Warhol, "Small town"), e como eu dizia, não haveria lugar melhor para encontrar uma referência artística, feminina e humana fundamental do que aqui mesmo. Eu acabo de conhecer uma artista que sintetiza muito daquilo que eu penso e sinto sobre o mundo em que vivemos.
Fiquem aí com um clipe da música "My world is empty without you", gravado em 1997. E se interessar, procurem mais dessa figura maravilhosa.

domingo, 4 de julho de 2010

Notícias notívagas

Tenho que admitir uma coisa aos leitores deste blog. Cometi um erro crasso, uma atitude de amadores, em se tratando de fotografia: Deixei cair minha cyber shot e ela quebrou. Pura cabacice. Há alguns meses, o pino que prendia o cordão estragou, e eu pensei imediatamente: tenho que arrumar isso antes que essa câmera caia da minha mão e quebre. Pois bem, fui a Salvador e na hora de sair, pensei exatamente que não havia arrumado a bagaça. O que aconteceu, senão uma estupidez previsível? A câmera caiu e quebrou. E o conserto custa quase uma cyber shot nova, de modos que eu não vou mandar arrumar. O mais óbvio é comprar uma câmera nova, porém, estou sem grana e preciso também de um colchão - que custa quase o que custará uma nova câmera. Estou namorando uma cannon, mas sei lá quando vou fazer isso.
Então, explica-se por que os Caldos de Cana andam desatualizados.
Ainda bem que tenho algumas fotos e histórias não publicadas, que vão salvar a lavoura até eu me decidir em adquirir uma nova câmera e continuar com este blog que tão feliz deixa seu autor.
Peço apenas que não me abandonem, por enquanto.