sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A educação e a falta de educação

Em Minas Gerais, a greve dos professores já dura quase três meses. 
Para além da controvérsia, vale lembrar que, do jeito que as coisas vão há anos no Brasil, qualquer greve de professores é a manifestação justa contra o descaso da sociedade e dos nossos administradores públicos a respeito do que deveria ser a prioridade em qualquer plano de governo: melhorar de fato a educação. Mas infelizmente não é assim.
Hoje, li uma frase famosa do Ali Babá Paulo Maluf, aquele que "não tem e nunca teve conta no exterior", nos tempos em que ele era governador de São Paulo indicado pela ditatura militar: "As professoras não são mal-pagas. As professoras são mal-amadas". Corresponde à recente declaração do governador do Ceará, outro estado que enfrenta uma greve longa do magistério (no caso do Ceará, assim como em MG no ano passado, a greve foi considerada "ilegal" pela Justiça, a pedido do próprio governo do Estado). Cid Gomes não foi indicado, foi eleito, mas a frase é um paralelo total à manifestação de Maluf: "O professor deve trabalhar por amor e não por salário".
Nem vale a pena comentar nada. O fato é que o primeiro passo para melhorar as condições gerais da educação está diretamente ligado à melhoria do salário dos professores. Inclusive como uma forma da sociedade exigir excelência de ensino: professor, você ganha bem, portanto, quero qualidade de educação.
Enfim, uma vez mais publico fotos de minha amiga Julia Lage, um ensaio que pode resumir o pensamento do governo AnastAZIA sobre a educação no estado. 
Para refletir. 
Um dia, a humanidade inteira se ajoelhará e pedirá perdão aos seus mestres.