sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Kerouac, abençoai-me ou "Para um cavalo velho, somente coisas novas"

Estou hospedado aqui no Albergue das Laranjeiras. Muitas coisas acontecem, estar num hostel é como encontrar uma comunidade de velhos amigos que, por pura coincidência, acabaram de se encontrar.
Durante esses dias, eu me senti estrangeiro, porque era o único brasileiro no meio de uma turma de italianos, franceses, holandeses, alemães, argentinos. Falava o tempo todo no meu mau inglês e no meu péssimo portuñol, e às vezes não sabia em que língua estava falando.

Uma mesa globalizada: holandesas, alemão, argentino, italiano, brasileiro, neozelandês e australiana.
Saí com uma turma na noite de 24 de dezembro, fomos ao bairro do Rio Vermelho numa espécie de bobódromo em que havia muita gente dançando aos sons baianos (axé e partido insuportavelmente alto) e era engraçado ver a cara das holandesas, Noär, Sophie e Mirna, acompanhando a dança das baianas.

Mambo, Cuba, 1950

Ao final de uma noite agradável, um fato não incomum: um maldito punguista pôs a mão em meu bolso e me roubou 50 reais, quase em frente ao hostel. Uma merda, mas tá legal, ficou até barato - eu estava alcoolizado e poderia ter sido pior. Depois eu soube que a polícia o havia capturado, mas achei que não valia a pena dar queixa ou tentar recuperar meu dinheiro.
Ontem, fui à praia com uma turma louquíssima - novamente as holandesas, mais duas argentinas e meus amigos Juan (também argentino) e Diego (alemão que viveu em Curitiba e fala muito bem o português). Fomos à Ilha de Itaparica e só posso dizer que é um lugar paradisíaco, lindo, com praias maravilhosas e uma vista não menos exuberante da Cidade da Bahia.

Diego, meu irmão teuto-brasileiro

Juan, Tamara, Solana y Sophie, em Itaparica



Sophie experimenta o mate (ela disse que gostou, mas eu duvido)

Como diria o Betão: "Estou bem, não se preocupem comigo"

À noite, durante o jantar, outros holandeses (um casal mais uma garota) me convidaram para viajar com eles, hoje. Na hora, disse não, mas depois repensei e fui falar com eles em seu hotel - estavam dormindo, mas deixei um recado, dizendo que gostaria de acompanhá-los, de modos que posso realmente dizer adeus à Salvador e também ao Recôncavo Baiano, pelo menos por enquanto, e me jogar numa aventura a la On the Road, por umas estradas baianas e nordestinas, com três holandeses que acabei de conhecer. Esperemos.

Em tempo: a frase entre aspas que dá título a este post foi dita por Juracir, ou Papá, um velho santero do Pelourinho.

3 comentários:

  1. Orra... as beleza brasilera são bonita mesmo, mas as holandesa tão chegando perto hsauhauahuahua.
    Outra, Diego Alemão não é o cara do BBB100mil?
    Qq você anda comendo aí de diferente? Fora coentro, azeite de dende e camarão seco? Conta aí vai!

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  2. sobre as comidas baianas:
    são gostosas.
    hehehehehehehehehehehehehe
    abraços

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  3. Una excelente navidad en una gran compañía....
    Muy bueno el blog André! Hermosas fotos... muy bueno el cd que me prestaste...
    Un gran abrazo!!
    Juan (el dueño del mate)

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